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Friday, April 17, 2009

A montanha.


Um filme que definitivamente “mudou o curso de muitas coisas”, quer você queira, quer não. Só mesmo um oriental com toda “a sua maneira zen de ser” para explicar o amor entre dois homens. Se fosse um europeu, iria filosofar demais e estragaria o projeto ou se fosse americano, não conseguiria filmar a primeira cena. Tudo bem que a Academia não o elegeu “o filme do ano”, mas com mais de cem (100) prêmios através do mundo (incluindo Oscar, BAFTA, César, Globo de Ouro e Veneza), pra quê não é?! O mundo já o fez. Uma parte da humanidade não consegue (ou não se esforça) entender como pode existir amor entre pessoas do mesmo sexo. Mas e o que dizer sobre “os moços” que serviam os gladiadores na Roma dos Imperadores e na Grécia dos sábios, quando as esposas não queriam cumprir parte do seu papel dentro do casamento?! Alguém me explica... Mas não estou aqui para falar somente da persistência de muitos em empurrar a homossexualidade para debaixo do tapete. Isso será tema para outra postagem. Quero falar da beleza e da verdade que há naquelas imagens que compõem a produção. O cenário (a montanha, em questão) fala por si só. É como se fosse uma extensão do interior das personagens. A trilha sonora composta por Gustavo Santaolalla (vencedor de vários prêmios também) me fez refletir sobre a beleza do lugar. E é interessante ver como as músicas e a paisagem mudam de acordo com o humor dos atores. O diretor de fotografia (Rodrigo Pietro) fez uma obra-prima em capturar a luz do lugar. Comparo o seu trabalho com o que foi feito em “Lendas da Paixão”, de Edward Zwick. Um filme que levou multidões através do mundo as salas de cinema para compreender esse sentimento (o amor) que em muitas vezes não sabemos se é loucura, se é encontro ou ódio. E por falar em ódio, quando eu assisti “Brokeback” no Shopping Frei Caneca, antes do Oscar de 2006, lembro de ouvir alguns dizendo na fila para comprar os ingressos, que em muitos lugares as pessoas iam ao cinema, entravam na sala e quando chegavam às cenas de sexo (que foram poucas, não entendi o alvoroço), alguns se levantavam e falavam mal do filme por não saberem do que se tratava a história e saiam revoltadas. Mas espera aí: um filme sobre dois cowboys gays e que todo o planeta comentava, dizer que “foi enganado”... É muito pra minha cabeça! É justamente sobre isso que quero falar. Essa falsa moralidade e um prazer em ofender aquilo que você não entende. Revi o filme varias vezes para tentar entender essa reação causada em alguns da platéia. Não consegui, me esforcei mesmo. Se você tem nojo ou é algo que está além da sua compreensão, vai uma sugestão.

Pergunte-se: Como que um filme pôde ter recebido tantos prêmios e ter comovido tantas pessoas de diferentes partes do mundo? Algo de bom deve ter. Da próxima vez que você entrar na locadora e ver a caixa na prateleira, veja com esse olhar. O olhar de alguém que está disposto a entender, que o amor pode ter várias formas.

Assista e entenda, depois critique. Por que só assim a sua opinião terá valor e será ouvida.


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