Considerada a maior soprano de todos os tempos, Maria Callas tem em seu legado o impulso de um novo estilo de atuação nas produções das quais participou, na singularidade de sua voz e no resgate de óperas há muito esquecidas. Em '37, devido as dificuldades financeiras da família nos EUA, retornaram à Grécia, onde começou a estudar canto no Reservatório de Atenas, com Elvira de Hidalgo.
Existem diferenças quanto à sua estréia, uns dizem que foi em '37 numa peça estudantil (Cavalleria Rusticana), outros em '41 na Ópera de Atenas, participando de Tosca. Profissionalmente, sua estréia foi em '47 na Arena de Verona, em La Gioconda.
Tulio Serafin, o Mentor da Diva. Falecido em '68 e foi Diretor Artístico do Teatro La Scala.
A década de '50 foi a sua fase áurea. Apresentava-se no La Scala, Convert Garden e Metropolitan. Ao passo que sua fama como cantora internacional crescia, também a de tigresa, por muitas vezes temperamental. Sua rivalidade com Renata Tebaldi, torna-se pública, através de declarações em diversos jornais. Ao final dessa época, suas aparições começam à diminuir. Alguns dizem que o que influenciou esse comportamento foi o término do casamento com o seu empresário (G. B. Meneghini) e em seguida, uma tórrida relação com o bilionário Aristóteles Onasis.
Em '64, encorajada pelo cineasta Franco Zefirelli, volta aos palcos em sua maior aparição, Tosca, no Convert Garden. Sua última aparição foi em '65, devido a sua frágil saúde, desmaia ao cair da cortina no fim da apresentação.
Nos anos '70, dedica-se às aulas na conceituada Juilliard School. Faz uma breve turnê pela Europa, EUA e Oriente Médio. Sucesso de público, porém, a crítica especializada detestou. Alegaram que sua voz já não era mais a mesma. Depois da morte de Onasis, começa o seu claustro num suntuoso apartamento na Avenue Georges Mandel, em Paris. Tendo apenas a companhia de sua governanta, Bruna e do motorista, Ferruccio. Cantou em público pela última vez em Novembro de '74, no Japão. Suas cinzas foram jogadas no Mar Egeu, como era de sua vontade.
Cecilia Sofia Anna Maria Kalogeropoulou - 02/12/1923 - 16/09/1977.
O que mais me chama atenção nas pessoas que encontram o seu lugar no mundo é a singularidade e acuidade no trabalho. Elas deixam a sua marca em tudo que fazem.
Separei um trecho de Tosca, chamada "Vissi d'arte" onde Callas mostra toda a sua força interpretativa. Esse post, eu dedico ao fã incondicional desta Diva, o meu amigo Marcus Tomé.
Apreciem.
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